domingo, 25 de dezembro de 2011

Zohar para uma causa - Blog

Passarei a postar as passagens do Zohar para uma causa em um blog próprio para ele:

http://zoharparaumacausa.blogspot.com

Vou apagar as postagens deste blog para que fiquem mais organizadinhos, ok?

Chag Sameach e Chodesh Tov para todos!

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Chanuká - Como acender as velas

A festa mais divertida do calendário judaico chegou!

Hoje, após as 19hs, acendemos a primeira velinha da chanukiá!!

No site do Chabad temos a explicação completa de como acender as velas em cada dia e as bençãos apropriadas:

http://www.chabad.org.br/datas/chanuca/cha012.html



Se vc não tiver uma chanukiá e não tiver velinhas coloridas kosher, não tem problema! Pode usar as velas do Shabbat mesmo (kosher), velas budistas (são kosher tbm) ou velas artesanais feitas de parafina nova (não pode ser reciclada) ou de mel.

Improvise uma chanukiá com forminhas de empada e pronto!

CHANUKÁ SAMEACH!



terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Zohar Vayishlach - Capt 14

(Fonte: Zohar para uma causa)

"E ali ele construiu um altar" (Bereshit 35:7).

É muito fácil nos entusiasmarmos com um caminho espiritual quando estamos nos iniciando nele. Fazemos tudo com paixão, com nossa alma acesa. No momento em que nos deparamos com nossa sombra, quando temos qualquer dificuldade, tomamos um "balde de água fria" e desistimos. Vamos buscar uma nova paixão em outro lugar.

Este comportamento vale para todas as nossas relações: casamento, namoro, amizade, trabalho, parcerias. É muito mais fácil nos sentirmos entusiasmados quando deixamos de lado a relação problemática e nos lançamos em novas aventuras.

A passagem do Zohar Vayishlach de hoje fala mais um pouco do significado do altar que Yaacov construiu. Ele conseguiu empreender uma dura jornada espiritual de forma a unir os mundos superiores ao mundo físico. "Construir um altar" significa, na verdade, uma forte conexão interior.

Yaacov foi o patriarca que mais passou por obstáculos e sempre manteve a chama acesa!

A má inclinação estará sempre perto de nós para nos ajudar a racionalizar e justificar nossas desistências. Os versos de Zohar Vayishlach aqui apresentados, nos dão a energia e força de vontade para completar o nosso caminho e terminar o que começamos.

A única forma de irmos a fundo e realizarmos uma transformação profunda como Yaacov fez, é sempre nos mantendo acesos, com o coração puro e não desistindo na primeira dificuldade.

Hoje vamos meditar para que todos possam manter a chama acesa em todos os setores da vida, mesmo diante dos obstáculos, tal como Yaacov para assim construirmos um mundo melhor.

Link específicoo para este tema:

https://www2.kabbalah.com/k/index.php/p=zohar/zohar&vol=10&sec=366


Link para Zohar Vayishlach:

http://www.unityzohar.com/uzreadnu1.php?submit=Go%21&parid=3133


segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Zohar por uma causa

Pouco falo sobre o Sagrado Zohar aqui neste blog, pois acredito que seja um assunto tão fundamental que é absolutamente esgotado em outras fontes. 


Alguns dos lugares onde podemos por em prática o uso desta maravilhosa ferramenta são:


dailyzohar.com
unityzohar.com


Juntamente com duas amigas cabalistas, estou colocando em prática mais um movimento para usarmos o Zohar a fim de iluminar o mundo. Chama-se "Zohar por uma causa" e iremos nele direcionar o escaneamento coletivo para algum objetivo proeminente, como para cura de alguma doença, ou reversão de alguma catástrofe natural, ou para que se cheguem a acordos pacíficos nas mais diversas disputas no mundo.


A partir da meia noite, sempre haverá um propósito e o link para o texto do Zohar a ser escaneado. 


Aqui está uma explicação sobre o Zohar e seus usos, feito pela minha amiga Maria Emília:



"ZOHAR é um livro escrito há mais de 2000 anos que contém toda decodificação dos segredos da Torá/Velho Testamento. 


Esse conhecimento era exclusivo para os homens que estudavam a Torá e tinham que atender aos critérios rígidos para ter acesso a esse conhecimento, que era transmitido de forma oral. Esse estudo chama-se Kabbalah. 


Pensando em preservar esse conhecimento, que foi proibido no início da era cristã, Rabi Shimon bar Yohai, se refugiou numa caverna com seu filho por 13 anos e ensinava para outros alunos também. Esses diálogos, que têm a explicação cabalística das passagens da Torá, foram redigidos por um de seus alunos e ficaram desaparecidos por cerca de 12 séculos. Localizados na Espanha, depois de todo esse tempo, eles chegam às mãos de Rabi Isaac Lúria - O Ari (Leão) – que, usando o mesmo procedimento, ensina aos seus alunos o que está neste pergaminho. Estes diálogos foram também transcritos por um aluno com mais detalhes e explicações. 


Esse material é conhecido como “ Os Escritos de Ari”, suas explicações deram origem ao estudo que aprendemos hoje, chamado Kabbalah Luriana (Luria/Ari). 


Este pergaminho chega, ao longo dos séculos, passando de um mestre a outro, até Rav Ashlag. Este o transcreve para o hebraico, por que o texto estava escrito em aramaico, e funda o Centro de Kabbalah, com o propósito de distribuir esse conhecimento através da edição desse pergaminho em formato de livro, que passa a ser intitulado ZOHAR (Explendor). 


O nome é por que seu texto resplandece o Conhecimento do Sagrado que é a LUZ que elimina o caos do mundo. Cada Parashá (porção) da Torá, revela mistérios, segredos, ensinamentos, conhecimentos, tecnologias, que são o embasamento para construirmos uma massa crítica de pessoas com a consciência certa e proporcionarmos, dessa forma, a chegada do Messias. 


Nos dias atuais, o conhecimento contido no Zohar - A Kabbalah, é amplamente estudada pelo mundo afora, através de Centros de Estudos em diversos lugares e também pela facilidade que a internet proporciona em aulas e eventos online. 


Rav Berg e sua família, estão à frente do maior centro de divulgação da Kabbalah no mundo e são eles o mais importante canal para essa oportunidade que temos de estudar Kabbalah e TERMOS um ZOHAR. 


Não é necessário saber hebraico, aramaico, para estudarmos o Zohar, basta olharmos (olhos janelas da alma) para as letras, que conectamos com a energia de todos os mestres que proporcionaram de geração em geração, nós termos um Zohar em nossas mãos... 


Quando estudamos, ou escaneamos as diversas passagens deste sagrado texto, com desejo correto, abrimos nossa alma para receber a luz que vem da origem, do Gênesis (semente de tudo) onde só existe Luz, abundância, e atraímos bençãos, milagres e curas para nossa vida e para toda a humanidade, por que somos um. 


Os Cabalistas explicam que, após a meia-noite sideral - que não é exatamente com o relógio que usamos (no caso do Brasil é o horário de Brasília - cada local tem seu fuso especifico,) que é a metade do tempo da hora exata entre o por e o nascer do sol -, temos uma oportunidade maior de revelarmos mais Luz para nós e para a humanidade. 


Por este motivo nós propomos o estudo depois da meia-noite. Vamos nos somar aos diversos grupos que existem fazendo esse trabalho e criar uma massa, crítica acelerando a vinda do Messias."


Para participar desta empreitada, basta acessar:
https://www.facebook.com/pages/Zohar-para-uma-causa/205561879512264


Lech LeShalom!

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Shana Tova 5772

SHANA TOVA !!!

Que tenhamos um 5772 doce e cheio de Luz!
Que alcancemos Machiach aqui e agora!




Imagem extraída de: http://www.amityaffe.com/

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Patach Eliahu

Uma das formas mais interessantes de se atrair a misericórdia para o mundo é sentir a dor dos outros como se fosse nossa.

Compaixão, no sentido cabalista, não é sentir pena do outro e, sim, ser capaz de entrar na pele do outro e sentir a dor que ele sente. Isto, faz parte do mandamento de "amar ao próximo como a si mesmo".

Na Sintonia Semanal desta semana, o cabalista Yehuda Berg nos escreve:


"(...) Todos nós possuímos um sentimento inato natural de compaixão quando escutamos falar dos problemas dos outros. Mas existe uma grande distância entre esse sentimento de compaixão e realmente sentir a dor de outra pessoa como se fosse nossa.

Mesmo quando se trata de pequenas doenças como uma gripe, um resfriado ou uma dor de estômago – que todos nós já sentimos – não é fácil para nós despertar sentimento pela dor e o desconforto dos outros como se fossem nossos. E isso é muito mais verdadeiro quando alguém está passando por um desafio ainda maior, um desafio que nunca tenhamos enfrentado.

Vocês devem estar se perguntando por que precisamos desenvolver esse sentimento cada vez mais forte pela dor dos outros.

Um dos motivos é ‘alimentar a máquina’ que conduz nosso crescimento espiritual e nosso desejo de ajudar o mundo. Se nosso desejo pelo crescimento espiritual for limitado pela nossa própria necessidade de plenitude, então quando nos sentirmos felizes ou em uma posição espiritual relativamente boa, nossa motivação para o trabalho espiritual e para ajudar os outros diminuirá. Mas se continuarmos a aumentar o nosso desejo de sentir a dor do outro como nossa própria dor, podemos ter uma fonte inesgotável de determinação para aumentar sempre o nosso trabalho espiritual.

É claro que podemos estar confortáveis neste momento, mas e os milhões de pessoas que estão sofrendo ao nosso redor? Ligue sua televisão, leia as estatísticas sobre doenças, as taxas de suicídio, os números crescentes de desemprego. Nosso trabalho pode e deve ajudar incontáveis pessoas, e precisamos apreciar esse nosso poder, não importa onde estejamos na cadeia da vida. Quando nos transformamos, influenciamos o quantum de transformação.

(...)

Não posso reenfatizar o suficiente a importância desse ensinamento, e muitas pessoas podem achar que conhecem essa verdade espiritual. Mas todos nós temos que nos perguntar: “Será que eu realmente sinto a dor da outra pessoa?” Adquira o hábito de fazer esta pergunta cada vez que uma situação o confrontar – com seus amigos, familiares e com as pessoas com quem você interage no dia a dia.

Esta semana, encontre alguém cuja dor, cujo peso você possa assumir. Imagine o nosso mundo com um pouco menos de dor e multiplique isso por seis bilhões. Você pode aliviar esta carga."


Existe um ferramenta cabalista que ajuda a abrir nosso coração para a dor do mundo: o Patach Eliahu (Elias Abriu).

Patch Eliahu é uma parte do Tikkunei Zohar (70 comentários que Shimon Bar Yochai faz sobre a palavra Bereshit).

Baixe a ferramenta aqui: Patach Eliahu

Esse link é da página Daily Zohar.


O profeta Elias possui a chave para abertura de Binah, fazendo o fluxo de Chochmah chegar até as sefirot inferiores. Binah, no corpo humano, é o coração.

No texto do Patach Eliahu, temos a descrição do fluxo que vai do Infinito, das 10 Sefirot e de sua correspondência com o corpo humano, fazendo, assim, a ponte de letras hebraicas que abre o nosso coração para que flua a Luz do Infinito até Malchut.

Ao abrir nosso coração, tornamo-nos sensíveis às dores do mundo.

O modo de utilizar o Patach Eliahu é:

a) Visualizando o texto em aramaico (da direita para a esquerda) antes de acordar e antes de dormir; ou

b) Visualizando o texto em aramaico antes do Sol nascer; ou

c) Visualizando o texto em aramaico à meia-noite.

O ideal é que seja feito todos os dias para irmos quebrando as clipot (cascaas) que cobrem o coração paulatinamente.

Quem souber aramaico, deve recitar o texto também.

Quem não souber aramaico pode visualizar (escanear) o texto e depois ler a tradução do mesmo.

Kol Tov!

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Ferramentas para trazer a Misericórdia

Há algumas ferramentas muito interessantes para se trazer a Misericórdia para a fisicalidade.

Já discorri sobre como os rituais são importantes para que possamos ultrapassar (ou melhor, pular) a barreira do ego e permitir que nos conectemos com nossa alma.

A primeira - e mais importante conexão do cabalista - é o Cabalat Shabat. Descrevo a maneira mais simples de fazê-lo:

Itens fundamentais:
2 velas brancas
Salmo 92

Itens avançados:
1 tacinha de vinho kosher (86ml, no mínimo)
1 chalah (pão trançado) pequena ou grande
1 pratinho ou pires com um pouquinho de sal


Na sexta-feira, final da tarde:

Coloque as velas de preferência na mesa onde se fazem as refeições;
Coloque a chalá e a tacinha de vinho na mesa também.

1) Observe o horário de acendimento das velas e procure acendê-las até 45 minutos depois do horário marcado. Se vc não puder observar o horário, acenda-as assim que o Sol começar a ser por.

Acenda a vela da direita primeiro, depois a da esquerda.

2) Quando escurecer, em frente às velas, cubra os olhos com a mão direita e recite a benção:

Baruch Atah Adonai, Eloheinu Melech HaOlam, Asher Kideshanu Bemitzvotav Vetzivanu Lehadlic Ner Shel Shabat Codesh.


Recite o Salmo 92.

3) Descubra os olhos e observe as velas um pouco. Envie a energia de misericórdia do Shabat para todos os cantos do mundo e do universo.

4) Pegue a tacinha de vinho com a mão direita e recite as seguintes bençãos:

Yom hashishi, vaychulu; hashamáyim vehaárets vechol tsevaam. Vaychal E-lo-him, bayom hashe-vií, melachtô asher assá, vayishbot bayom hashe-vií micol melachtô asher assá. Vayvárech E-lo-him et yom hashevií, vaycadêsh otô, ki vo shavat micol melachtô, asher bará E-lo-him laassot.

Savri maranan: Baruch Atá A-do-nai, E-lo-hê-nu Mêlech haolam borê peri ha-gáfen.

Baruch Atá A-do-nai, E-lo-hê-nu Mêlech haolam, asher kideshánu bemitsvotav, verátsa-bánu, ve’Sha-bat codshô beahavá uvratson hinchilánu, zicaron lemaassê vereshit; techilá lemicraê c ôdesh, zêcher litsiat Mitsráyim. Ki vánu vachárta, veotánu ki-dáshta micol haamim, ve’Shabat codshechá, be-ahavá uvratson hinchaltánu. Baruch Atá A-do-nai, mecadesh ha’Shabat.


Beba o vinho.

5) Coloque a mão direita sobre a chalah e recite a benção:

Baruch Atah Adonai, Eloheinu Melech HaOlam, HaMotsi Lechem Min HaArets

Corte um pedaço com a mão, encoste no sal e coma.


O mais importante é acender as velas de Shabat e fazer a benção. Sempre faça o Shabat. Não é necessário que toda a humanidade faça o Shabat, pois quem faz, pode fazê-lo pelos outros.

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Depois, gosto de citar o Tzedakah.

Sempre doe dinheiro e bens. Faça isso sistematicamente. Todos os dias.

Uma forma prática de fazê-lo diariamente é ter um cofrinho na entrada da casa, ou dentro do seu quarto.

Todos os dias, ao sair ou ao voltar para casa, pegue uma moeda de qualquer valor com a mão direita, leve-a ao peito e diga:

Avraham, Itzhak, Yacov

Deposite a moeda dentro do cofrinho.

No final do mês, pegue as moedas acumuladas no cofrinho para alguma instituição, igreja ou para alguém que esteja precisando. Se alguém lhe pedir esmola na rua quando vc está com o tzedaká dentro da bolsa, entregue-o imediatamente a esta pessoa.

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Também gosto de ensinar O Grande Remédio para todos. É uma combinação de 10 salmos que retificam as 10 Sefirot, revelada por Nachaman de Breslov:

1) Peça aquilo que faz falta para sua alma;

2) Peça perdão pelas suas transgressões, conscientes e inconscientes. Lembre-se de cada uma delas e arrependa-se legitimamente.

3) Agradeça, do fundo do coração, por todas as bençãos que vc recebeu. As que vc teve conhecimento e as que lhe são ocultas.

Recite os seguintes salmos sem interrupção:

16, 32, 41, 42, 59, 77, 90, 105, 137 e 150

sexta-feira, 11 de março de 2011

Mais sobre a misericórdia

A líder do Kabbalah Center, Karen Berg, recentemente postou uma mensagem indicando que de fato já estamos entrando na grande energia de restrição e renovação do planeta.

Transcrevo a mensagem abaixo e comento logo em seguida:

"Neste momento, Urano está entrando em Áries e permanecerá lá por cerca de 7 anos. Urano é o planeta que rege Aquário, e representa a imprevisibilidade, revoluções e a individualidade. Áries é controlado por Marte que é considerado o planeta da guerra.

O que podemos esperar é que veremos revoluções ainda maiores e mais desastres naturais. Apesar de que, pelo ponto de vista astrológico, não pareça que as coisas ficarão melhores, sabemos que os astros compelem, eles não impelem. Isso quer dizer que podemos mudar as marés. Mas isso não acontecerá sem que cada um de nós se responsabilize e mude nossas naturezas egoístas.

O que estamos vendo agora é que a Terra está vomitando toda a negatividade que criamos por todos esses anos, seja a ganância, o ódio, a raiva, ou até mesmo uma simples falta de dignidade humana.

A Kabbalah nos ensina que nós podemos superar a influência dos planetas. Mas para fazer isso, DEVEMOS mudar nosso comportamento, agir com gentileza e rapidamente abraçar a cada um com tolerância e respeito.

Mais particularmente para aqueles de nós que estudam Kabbalah e aprendem como controlar seu comportamento reativo, esta é a hora de ser diligente no que nós sabemos.

Para aqueles que têm o Zohar, vamos escanear e manter em nossos corações, mentes e consciências, os que precisam de nosso apoio ao redor do mundo."
- Karen Berg


O enfoque astrológico cabalista é bastante interessante. Enquanto a maior parte das pessoas acredita que os astros regem algumas energias, os cabalistas acreditam que os astros são SINAIS que mostram as energias que estão presentes. Ou seja, se Urano entra em Áries, isto quer dizer que esta configuração astrológica está nos mostrando que já está presente uma energia de instabilidade e revolução caótica e violenta. Havendo ou não o astro, a energia está lá presente. Ou seja, não estamos sujeitos à ação dos astros, estamos sujeitos à ação de diversas energias cósmicas e, por não olharmos para os sinais indicativos dessas energias, somos jogados pelas ondas do destino para qualquer lado. Em linguajar praiano, tomamos vaca e caldo no mar da vida.

Outro enfoque interessante é esse da interconexão de tudo. Se ocorre um desastre qualquer no mundo, e ficamos sabendo dele, significa que nossa negatividade contribuiu para que aquela energia se manifestasse. Portanto, devemos imediatamente acudir e corrigir o ocorrido.

Muitas vezes, podemos participar diretamente na ajuda. Outras vezes, podemos agir somente indiretamente. E, na maior parte das vezes, só podemos pedir por misericórdia e mandar energias positivas para o local. Dentro da visão cabalista, além de termos de procurar esses 3 modos de participação, devemos IMEDIATAMENTE fazer o bem a alguém. Mesmo que nos pareça que este alguém não tem conexão alguma com o evento negativo, é imperativo que façamos algo de bom para qualquer pessoa que cruze nosso caminho.

Doe dinheiro ou bens, dê uma esmola, visite algum enfermo. Faça algo de bom para alguém, mesmo que vc julgue que esse alguém "não merece" (muitos dirão: especialmente se vc julgar que este alguém não merece).

Para garantir que haja misericórdia no mundo, devemos ser misericordiosos primeiro.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Remédio para o desamor

(Outro ídolo total meu!)

Cordovero, ademais de ser responsável pelo surgimento de um dos maiores e mais influentes centros cabalísticos, foi autor de alguns trabalhos fundamentais.

Um dos que mais me fascina é o Tomer Devorah (A Tamareira de Débora). Nele, temos um importante instrumental para dominarmos o ego, que são os 13 Atributos da Misericórdia.

Recitar os 13 atributos ao acordar e antes de dormir, assim como estudá-los e esforçar-se em desenvolvê-los, são passos importantíssimos para a redenção do mundo.

Estes são os atributos a serem recitados:

Adonai — compaixão perante os pecados de uma pessoa;
Adonai — compaixão depois que uma pessoa pecou;
El — poderoso em compaixão ao prover todas as criaturas de acordo com suas necessidades;
Rachum — misericordioso, de forma que a criação não caia em aflição;
Chanun — indulgente se a criação já estiver em aflição;
Erech appayim — lento a se irar;
Rav chesed — pleno de misericórdia;
Emet — verdade;
Notzer chesed laalafim — extendendo misericórdia a milhares;
Noseh avon — perdoando a iniquidade;
Noseh peshah — perdoando a transgressão;
Noseh chatah — perdoando pecados;
Venakeh — e perdoando.

Esta é a sugestão da Everburning Light para desenvolvimento diário destes atributos:

1 - Paciência diante dos insultos;
2 - Paciência para suportar o mal;
3 - Perdão ao ponto de apagar o mal sofrido;
4 - Total identificação com o próximo;
5 - Completa ausência de ira, combinada com a ação apropriada;
6 - Perdão, ao ponto de se recordar apenas as boas qualidades daquele que os tormenta;
7 - Eliminar todos os traços de vingança;
8 - Esquecer o sofrimento que nos foi imposto pelos outros e recordar apenas o bem que nos foi feito;
9 - Compaixão pelos que sofrem, sem julgá-los;
10- Verdade;
11- Piedade além do prescrito pela Lei com os bons;
12- Guiar os maldosos no Caminho do Bem, sem julgá-los;
13- Recordar de todos os seres humanos na sua ingenuidade infantil.



domingo, 2 de janeiro de 2011

O Remédio para a Amargura

Estamos entrando numa fase de purificação planetária. Portanto, nossos esforços em nos purificarmos devem ser redobrados pois, caso não nos refinemos, seremos duramente refinados pelo Universo.

Como gosto de exemplificar, se vc não jogar fora o seu lixo pessoal, o Universo irá chacoalhá-lo até que este lixo saia de vc.

Ao longo da vida, concluí que o nosso problema é a incapacidade de amar além dos limites do ego. Todos os tzadikim de todas as tradições sempre buscaram mostrar isso: Love, Love, Love.

Por isso, buscarei publicar ao longo deste novo ano, conceitos cabalistas sobre o desenvolvimento do amor incondicional.

Segundo o Ancião Hillel: "Aquilo que é detestável para ti, não o faças aos outros. Essa é toda a Torá, o resto é comentário; agora vai e aprende.".

Esta regra foi repetida por diversos santos de diversas culturas e, dentro do âmbito esotérico, recebeu o nome de Regra de Ouro (Golden Rule).

Existe a crença de que aquilo que damos ao Universo é exatamente o que recebemos de volta. Mas isto não ocorre por um "castigo". É apenas a maneira didática do Universo nos mostrar os impactos que geramos com nossas ações no mundo à nossa volta. Quanto menos nos sensibilizarmos com o outro, quanto menos o amarmos, menos nos importaremos com o que lhe estamos oferecendo quando ele interage conosco. Se não percebemos uma ação de desamor instantaneamente e a corrigimos, em determinado momento - quando for mais apropriado -, iremos passar por exatamente a mesma situação de desamor. E passaremos por ela até aprendermos a não oferecer mais isto para o Universo.

O comentário de hoje do cabalista Yehuda Berg também traz um conceito relacionado ao amor:

"Quando nosso comportamento vem de amor, cuidado com os outros e empatia, atraímos almas semelhantes.

Quando nosso comportamento é governado pelo: "O que posso ganhar com isso?” as almas que atraímos nos causarão sofrimento.

Hoje, você pode saber onde se encontra ao ver as pessoas que estão ao seu redor."


Dentro das práticas cabalistas está o refinamento emocional e dos pensamentos. A maneira como recebemos os eventos externos, a forma como olhamos para o próximo (com amor e tolerância ou com o olhar cheio de julgamento e menosprezo), tudo isto forma um ambiente energético que entrará em sintonia com energias semelhantes.

A nossa energia, aquilo que criamos em nós, entra em ressonância com energias semelhantes.

Por isso, o conselho do cabalista - que é um conselho já milenar, citado no Gênese - de se observar, ver o que vc anda trazendo para dentro da sua vida. D-us pergunta a Adam, quando ele se esconde após desobedecê-Lo: "Aonde estás?"

É evidente que o Onipresente sabia exatamente onde Adam se escondia. Então por que perguntar? Porque devemos NOS perguntar sempre: Aonde estou? Para onde estou indo?

Semelhante atrai semelhante. Veja o que vc anda atraindo para dentro da sua vida e perceba aonde vc está.